Poema de Hígor Mejïa


 
(Performance: "Me Entrego Completamente" de Mavi Veloso/Fotografia: Natália Lima Castro)

(Hígor Mejïa)

Moro nas reticências de um tempo
e desconheço seus horizontes
de ambos lados.
Situo num instante em que
deslocamentos me acessam
alguns olhares do meu entorno
me destacam a contramão.


 
I dente idade de
leite líquido de
vida porra
nenhuma que
aponta para
potências e podridões de coisas
corpos com tempos de existires determinados

 

assim como
tudo e nada não podem ser plenos
assim como
a eternidade só
de nada pode
existir
assim como
não me sinto não tenho corpo sou uma ideia equivocada
percorro
transito
reticente
intransitivo quanto a relação dos verbos
não voar
estares e
seres
com parcimônia.

 


observação em tempo anterior: 
No campo expandido da bizarrice conceitual, indago:
O que faz um passarinho, ainda que pulguento como esses urbanos, perdido entre poças d’água nas plataformas de um terminal?, Vistos quando móveis: ou em voos hiperlimitados ou em pulinhos ínfimos ridículos pra locoemoção?

 


Em trânsito com ânsia de vômito por escrever.

 

Texto composto em celular. Usando o limite de letras
sem o “h” de ‘hiperlimitados’; um “em” em algum lugar do texto e um poça com dois s’s. aqui suprimido.


Comentários

  1. Esses e outros escritos por mim, poderão ser vistos em:

    http://higormejia-textos.blogspot.com.br/

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